Agulhas Negras
Nossa subida das Agulhas Negras começou às 10 horas do dia 5/7/99, um lindo dia de um inverno relativamente quente e sem vento. A caminhada de duas horas até a base das Agulhas foi gostosa, com paradas a todo instante para apreciar a paisagem, uma foto aqui, outra lá, reabastecer os cantis no único riacho limpo que cruzamos.
Aí começou a subida. Tecnicamente é uma subida fácil, apenas com dois pontos em que se usa cordas, mas é uma subida e tanto. Perto do pico há uma pequena escalada em rocha em que se deve tomar mais cuidado, pois entre as rochas há sempre um abismo perigoso.
Atingimos o pico depois de duas horas de subida, cansados mas realizados. A vista de lá é linda, e as próprias agulhas que formam o pico são uma formação muito especial. É ver para crer.
Quando estávamos lá em cima subiu uma nuvem acompanhada de um vento gelado, que mesmo às duas horas da tarde de um dia ameno tivemos que colocar os casacos e gorros de lã...
Após uma pausa de 20 minutos para o almoço iniciamos a descida. E que descida ! Quando se sobe, só se olha para cima, e o céu é o limite. Quando se desce e se olha para o chão lá embaixo, pular de pedra em pedra muda de figura... Mas lá fomos nós.
(Um conselho: ao descer uma montanha, trilha ou caminho, leve ou pesado, o dedão do pé fica pressionado contra a bota. Mantenha a unha do dedão sempre muito bem cortada para que a dor no dedo não estrague seu passeio).
A descida, apesar de menos cansativa, é mais difícil que a subida. É preciso tomar cuidado para não rolar nas partes mais íngremes da montanha. Demoramos quase duas horas, e começamos a volta ao Abrigo Rebouças. À medida que andávamos começava a escurecer. (Foi aqui que encontramos aquele sujeito perdido...). Lá pelas 17h 30m começamos a correr para não sermos surpreendidos pela noite e eventualmente perdermos a trilha.
Por fim, às 18 horas, com a noite já tendo baixado, com um céu estrelado como nunca vimos, cansados e felizes, iniciamos a descida à cidade de Itatiaia.