Extrema
Mantiqueira de novo???
Fazer o que, né? Vocês sabem o quanto eu amo essa Serra!!
Estivemos de passagem por Extrema no sábado 16/07/2005. Desta
vez fomos para descansar e curtir o lugar. E que bela surpresa, a começar pela
pousada. Se você quiser um lugar gostoso e romântico, ligue para a Pousada
Muxarabi (35) 3435-1677 e fale com a Isabel ou o Ricardo; peça para ficar no
chalé 5.
A pousada, construida com bom gosto, fica a 1.400 m de
altura, bem no meio da montanha, com uma vista
maravilhosa. Depois de instalados
fomos visitar a cidade. Eu sou paulista de nascimento, mas mineiro de coração;
como eu amo essas cidades de Minas. Extrema vive em festa; as festas
"juninas" começam em março na data da padroeira e se prolongam até
final de julho. Em agosto começam as festas do folclore, que vão até
março... Eram 14 horas e as barracas já estavam em plena atividade. Almoçamos
Galinhada (um risotão com galinha) e Virado de Frango (frango desfiado em
farofa de milho); uma delícia. O povo é muito proseador, e como não
conhecíamos Monte Verde, uma senhora nos recomendou ir até lá "por
dentro", ou seja, por uma estrada de terra muito bem conservada, e
veríamos as cachoeiras. Cachoeiras? perguntamos, ao que ela respondeu: A gente
chama de cachoeiras, mas na verdade são uns saltinhos...
Bom, a tarde vai passando e chega a hora de ir ver o por do
sol lá de cima da Serra do Lopo. Subimos até o cume, 1700 metros e
estacionamos ao lado de duas rampas de asa delta. Às 17 horas o rei Sol começa
a se por. Que espetáculo incrível. Indescritível. A noite vai baixando, o
vento frio chega, e que surpresa agradável: lá vem o Ricardo com uma garrafa
térmica de chocolate quente!!!!
À noite nada melhor do que jantar na pousada,
no terraço à
luz de velas, sob o céu estrelado e com a lua crescente a nos
fazer companhia, acompanhados de um bom vinho tinto. Se você
esqueceu de trazer o
seu, o supermercado da praça tem alguns muito bons, e o pessoal
da pousada não
vai reclamar.
Dia seguinte, vamos fazer uma trilha (não podíamos deixar
disso, né?). O Ricardo, muito simpático, nos indica a trilha, muito fácil de
seguir para precisar de guia. Subimos até as rampas de asa delta, deixamos o
carro e pegamos a trilha da Pedra das Flores. Como você está no cume, a trilha
é praticamente plana. Um verdadeiro passeio no meio da mata fechada. Uma
horinha de passeio e à sua esquerda aparece a Pedra das Flores (se você
continuar a trilha, chegará à
Pedra do Cume). Subimos na
Pedra das Flores e a
vista que
se descortina é maravilhosa. Você vê a cidade de Joanópolis, que é a Cidade
do Lobisomem (é sério, ele nasceu lá, mas esse passeio eu não descrevi,
portanto você terá que ir até lá) e a represa.
Bem, hora de voltar pra casa. Mas vamos aproveitar a dica e
visitar Monte Verde, indo "por dentro". A estrada de terra é
realmente muito boa, com seus saltinhos, ops, cachoeiras acompanhando. Antes de
se aventurar em estradas de terra peça informações!!! Essa só tem uma
encruzilhada onde a gente pode se perder, mas o Ricardo havia me alertado e
indicado o caminho certo. A estrada termina no "asfalto" que liga
Camanducaia a Monte Verde, e aí começa o sofrimento; que saudades da terra!!!
Monte Verde foi uma decepção. É uma cidade metida a Campos
de Jordão, e pelo meu perfil, que vocês já conhecem tão bem, não tem a
menor graça. Lojas, lojas e pousadas. Peruas andando de salto alto em ruas de
terra e apesar do tempo quentinho, todas encapotadas para mostrar os casacos
recem comprados. Comemos uma truta no tão falado restaurante do Paulo, outra
decepção. Que trutinha mais sem gosto... Valeu a sobremesa na Chokomel: um
apple strudel com calda de chocolate e chantily!!!
Bom, esse foi um gostoso fim de semana para o qual você não
precisa ser aventureiro. Basta querer curtir a vida. Até a próxima, pessoal.